2010-06-25

País precisa de TI – Fonte : IT Web

Alguns pólos de tecnologia existem pelo país, por exemplo, Joinville, o mais famoso, Araraquara está tentando seguir a mesma trilha, porém a matéria abaixo eleva ainda mais a discussão, pede a inclusão de TI no centro de políticas e estratégias de estado. Eu sou partidário de que só se muda o status de algo estabelecido com políticas sérias e de estado, caso contrário ficaremos vivendo de alguns resultados isolados dando a falsa impressão de que tudo está bem.

Abraços,

Dalbi

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País precisa de TI para sustentar crescimento econômico

Em painel realizado no Ciab, líderes de empresas fornecedoras de tecnologia apontaram os desafios do setor para aumentar exportação.

É sabido que o Brasil saiu-se bem da crise econômica mundial e vem imprimindo um ritmo forte de crescimento, que, obviamente, trará consequências como inflação acima da meta e aumento da taxa de juros como forma de contê-la. Mas, conforme salientou o jornalista Carlos A. Sardenberg, que mediou painel sobre o mercado de TI no cenário econômico atual na 20ª edição do Ciab, a expectativa é que o ritmo desacelere. "O crescimento de verdade é quando há ganhos de produtividade e a TI permite produzir mais com os mesmos fatores", ressaltou. 

Os painelistas concordaram e aproveitaram a oportunidade para criticar a alta carga tributária, a falta de incentivo do governo nas iniciativas de exportação e internacionalização das companhias e também a ausência de uma política pública para fomentar a educação e aumentar o número de profissionais fluentes em inglês. "O Brasil passa por uma fase maravilhosa, mas é importante para o País exportar desenvolvimento de software. Mas temos de nos preparar para isto e vender melhor nosso peixe lá fora, afinal, somos exemplos de automação bancária e eleições", afirmou João Abud Jr., presidente da Diebold.

Para Rogério Oliveira, presidente para América Latina da IBM, a exportação ainda é incipiente. "Devemos exportar neste ano US$ 3 bilhões em serviços de TI. A título de comparação, a Índia exporta US$ 60 bilhões e fez um plano de chegar, nos próximos 20 anos, a um montante entre US$ 165 bilhões e US$ 300 bilhões, dependendo da evolução da economia." O executivo também ressaltou que, se o Brasil quer ser competitivo, tem de investir em tecnologia, pois ela permeia todas as indústrias, lhes dando mais capacidade.

No entanto, ressaltou J. Thomas Elbling, presidente da Perto, o governo precisa criar iniciativas para suportar este avanço na exportação, por meio, por exemplo, de financiamentos via BNDES. "O governo só olha para as pequenas empresas. Vamos a feiras internacionais sem ajuda nenhuma, enquanto outros países contam com suporte muito grande, pois seus governos enxergam a Ti como estratégica."

Para Oliveira, o que falta é a camada de inteligência, uma vez que o mercado está entrando em uma nova era da tecnologia. "A instrumentalização já está aí, mas precisamos tirar melhor proveito das informações, porque falta inteligência." A visão de Juarez Zortea, HP, segue na mesma linha. De acordo com ele, faz-se necessário criar plataformas convergentes. "Estamos investindo para os próximos cinco anos, US$ 60 bilhões para incrementar nosso portfólio; US$ 40 bilhões serão destinados à aquisição de empresas que nos complementem e os US$ 20 bilhões restantes são para pesquisa e desenvolvimento", pontuou.

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