2012-02-17

Vida de CIO: prós e os contras de trabalhar em uma pequena empresa

Eles são peixes grandes nadando em pequenos lagos, mas garantem que têm mais flexibilidade e velocidade na aprovação dos projetos de TI.
Beth Stackpole, Computerworld/EUA

Com equipe reduzidas e orçamentos enxutos, os diretores de TI que atuam em pequenas e médias empresas (PMEs) têm literalmente que exercitar a cada minuto um jargão muito conhecido do setor: faça mais com menos. Eles até podem ganhar menos que seus pares que estão em grades companhias, mas garantem que conseguem ter mais espaço para inovar e reduzir o tempo para aprovação dos projetos de TI.

Como um CIO com uma equipe de TI de exatamente quatro profissionais, Steven Porter, diz saber muito bem o que é fazer mais com menos na Touchstone Behavioral Health, companhia do setor de saúde que presta serviços para crianças com tratamento de risco no estado do Arizona (EUA)

Com sua pequena equipe de TI, Porter precisa esticar um apertado orçamento para cobrir grandes iniciativas da empresa como virtualização, prestando suporte a mais de 200 usuários espalhados pelo estado do Arizona.

“Alguns dias eu me pergunto: que diabos eu estou fazendo aqui", brinca Porter, 60 anos, que está há cinco anos a frente da TI da Touchstone. Ele era produtor de TV e resolveu mudar de ramo e trabalhar em atividades ligada à internet à época do boom das pontocom. Começou como desenvolvedor para e-commerce em 1995. Depois trabalhou em empresas do setor até ter sido contratados pela Touchstone Behavioral para ser o diretor de TI.

Porter vê o seu papel como um desafio. "Estou sendo solicitado a fazer as mesmas coisas que meus colegas da empresa onde trabalhava. Mas o número de funcionários da nossa organização de TI é menor do que as quipes deles de desenvolvimento", diz ele. A diferença, segundo o CIO, é que na companhia de sáude ele tem muito mais responsabilidades.

Mas mesmo assim, com orçamentos curtos e poucos recursos, Porter afirma que essa situação oferece a oportunidade para fazer a diferença e colocar toda a sua criatividade em prática.

Assim como Porter, outros CIOs que atuam em PMEs sentem-se como um peixe grande em pequeno lago. Eles vêem a exigência de arregaçar as mangas, colocar a mão na massa e fazer um pouco de tudo como um bônus, não como um fardo. Para eles, um orçamento apertado significa ficar mais criativo com as escolhas do projeto.

Nem sempre trabalhar com uma pequena estrutura significa fechamento das portas de oportunidades. Os especialistas consideram que as mudanças podem ser uma abertura para exercer maior controle sobre iniciativas que podem ter impacto significativo sobre o negócio.

Por outro lado, trabalhando dentro dos limites de uma pequena organização de TI nem sempre é um mar de rosas. Além de restrições orçamentárias e de recursos, algumas pequenas empresas não estão preparadas culturalmente para se modernizar tecnologicamente. E muitas vezes a TI pode ser puxada para direções conflitantes, dizem CIOs que atuam em pequenas companhias.

Barreiras das grandes empresas

Porter constata que os executivos de grandes companhias têm vontade de fazer a diferença, mas esse desejo é frustrado pela burocracia em grandes empresas. Esse motivo foi certamente o que o levou a ser diretor de TI da Touchstone Behavioral, uma companhia de menor porte e ficar o tempo suficiente para exercitar o papel de um CIO completo.

Com menos burocracia e equipes de liderança menores, Porter diz que seu grupo é mais ágil na implementação de projetos como de mobilidade sofisticada, virtualização, segurança e voz sobre IP (VoIP). As inciativas são colocada em prática em poucos meses, enquanto em grandes companhias projetos similares podem levar anos por causa das decisões que são mais lentas.

O CIO conta que a aprovação dos projetos em pequenas empresas muitas vezes depende da aprovação de duas ou três unidades de negócios. “As vezes às decisões acontecem lidera lamente no corredor entre uma e outra xícara de café” comenta Porter. A necessidade do projeto é apresentada e em seguida já se parte para o estudo de viabilidade e implementação em razão dos processos de governança serem menos complexos.

A visão de Porter pode passar a ideia de que a agilidade da pequena e média empresa (PME) é atraente para os desafios profissionais de um CIO. Especialistas concordam. "Enquanto você é um líder em um departamento pequeno, você ganha muita experiência, diz John Reed, diretor executivo da Robert Half Technology, uma empresa especializada em recursos humanos de TI.

O pessoal de TI em grandes organizações muitas vezes ganha experiência em gestão superficial, se concentrando em apenas uma área específica, como a tecnologia de virtualização. Em compensação os que atuam em PMEs são obrigados a resolver problemas através de várias tecnologias e acabam ampliando o o conhecimento. Além disso, estão mais próximos das áreas de negócios.

Menos burocracia

Como experiência de CIO de pequenas e grandes organizações Paul Haugan acredita que a diferença entre os dois dizem respeito principalmente à quantidade de burocracia ligada a um determinado projeto técnico.

Em seu cargo anterior, numa organização pública, na cidade de Fresno na Califórnia (EUA), Haugan, 54, ajudou a supervisionar um grupo de 75 profissionais de TI, que demorou cerca de 15 meses para implementar um projeto de business intelligence. Na empresa atual, no estado de Washington, o mesmo projeto levou cerca de três meses.

"Em uma grande operação como Fresno, no momento em que [você] seguir os passos burocráticos administrativos apenas para começar um projeto feito, a tecnologia está obsoleta", diz Haugan, que agora é responsável por cerca de dez pessoas que apoiam cerca de 500 usuários finais. Ele gerencia um orçamento de TI de entre 2 milhões de dólares 2,9 milhões de dólares.

"Acredito que a tecnologia oferece oportunidade para promover mudanças significativas nos negócios. Sou um daqueles caras que não podem esperar pelas decisões das rodas burocrático para mostrar o valor da TI. "

Haugan cita como exemplo a substituição do sistema antigo de telefonia de telefonia por voz sobre IP (VoIP) na empresa atual em seis meses e que promoveu mudanças, trazendo impacto aos negócios. Ele tentou implementar o mesmo projeto na companhia anterior, sem sucesso. A administração considerou um risco migrar o sistema antigo que que atende mais de 5 mil funcionários.

O executivo lembra que tinha muitos obstáculos na grande companhia para adoção de novas tecnologias. “Eu não tenho não tenho que ir a cada diretor e dizer: 'eu quero colocar em VoIP e por isso estou aqui".

Ao mesmo tempo que Haugan demonstra felicidade com a flexibilidade para gerenciar a TI numa pequena organização de TI, ele diz estar preocupado com o salário. Uma pesquisa salarial de 2011 realizada pela revista Computerworld n os EUA com CIOs e vice-presidentes de TI em empresas com menos de 100 funcionários revela eles ganham em média 44% menos do que a remuneração em companhias maiores.

2012-02-05

Dicas para gerenciar melhor o tempo no comando da TI

Como você gasta seu tempo é mais importante do que como você gasta o seu dinheiro. Erros no gasto do dinheiro podem ser corrigido, mas o tempo é perdido para sempre. Uma melhor gestão do tempo é há muito um elemento presente nos objetivos que muitos CIO pretendem atingir.

Em 2011, líderes de TI participantes do estudo State of the CIO, da revista CIO americana, foram convidados a dizer como gastam seu tempo agora e onde eles gostariam de gastar seu tempo nos próximos dois anos. A partir das respostas a essas duas perguntas, criei o que chamo de um Índice de prioridades futuras, que mapeia onde os CIOs afirmam que querem passar mais tempo contra o que os mantém ocupados agora.

Na categoria “como eles gastam seu tempo”, as três opções mais indicadas foram: 1) alinhamento da TI com os objetivos de negócio; 2) implementação de novas arquiteturas; 3) gestão de controle de custos. Já na categoria “onde querem passar mais tempo no futuro”, a lista inclui: 1) desenvolvimento de novas estratégias e tecnologias go-to-market; 2) estudar as tendências do mercado de oportunidades comerciais; 3) identificar oportunidades de diferenciação competitiva.

Mas como mapear o gerenciamento do tempo para estas novas prioridades? Um dos caminhos possíveis é delegar mais! Seu trabalho como CIO é entrar em campo com mais freqüência para que você possa trazer a voz do cliente à mesa do comitê executivo para tomadas de decisão. E para fazer esse trabalho bem, James Cash, ex-reitor adjunto da Harvard Business School, recomenda que você gaste um mínimo de 25%de seu tempo com os clientes internos e externos.

Siga este conselho na gestão do tempo também durante o ciclo de orçamento final. Olhe para as áreas onde você está gastando muito dinheiro, e não muito tempo e verifique se é necessário inverter essa relação.

Marcus Darbyshire, da Gartner, conhece bem as exigências impostas aos líderes da tecnologia. Foi CIO e CFO da South East Water e assume-se como forte defensor da necessidade de executar tarefas ganhando tempo para tratar de questões estratégicas.

As ferramentas e técnicas de gestão de tempo abundam. Mas Darbyshire prefere concentrar-se nos conceitos de gestão do tempo. “O conceito de gestão do tempo é sobre como se gasta o tempo, onde se gasta o tempo, com quem o fazemos e que tópicos trabalhamos durante”, explica.

Darbyshire considera que a matriz de gestão de tempo no Gartner está centrada na gestão, execução e crescimento e transformação do negócio.

“Olhamos para onde as pessoas gastam o seu tempo “, revela Darbyshire. “Analisamos como é gerido, se um indíviduo está em modo de ‘combate a incêndios’ ou orquestrando uma estratégia, olhando para a percentagem de tempo gasto nessas formas de gestão”.

De acordo com Darbyshire, o que se está sendo gerido também é importante, sejam projetos, pessoas ou ideias.

“Nós também olhamos para a forma como alguém está trabalhando com a sua equipe, com as camadas mais baixas da estrutura, com os pares e até com os gestores mais seniores. E, claro, o Gartner olha ainda para as situações nas quais o gestor está gasntabdo o seu tempo – em reuniões, em conversas, em interações um para um, ou se está realmente a trabalhar sozinho e pensando em novas ideias.”

As melhores práticas do Gartner estão focadas em ajudar os executivos seniores a elevarem as suas interações na escala de maturidade. Os CIO entendem que, para serem eficazes, a relação com CEO é vital. Mas muitas vezes, os CIO devem superar o que é conhecido como a ‘barreira de atenção do CEO”. Darbyshire sugere algumas dicas capazes de ajudar os CIOs a superarem a “barreira de atenção dos CEO – tendo foco em conversas capazes atrair e reter a atenção.

2012-01-08

Gartner revela previsões para as organizações da TI

Pesquisa realizada pelo Gartner avalia critérios que definem as principais previsões para a organização da TI e seus usuários. Os temas analisados incluíram o impacto, relevância e apelo público. Segundo Gartner, as tendências continuam em direção a consumerização e cloud computing.

O estudo conclui que haverá mudanças na organização dos orçamentos da TI e nas tecnologias, que terão seus custos, consequentemente, mais fluídos. Assim como o mundo da TI se move para frente, os CIOs estão descobrindo que eles devem coordenar as suas atividades em um escopo muito mais amplo.

O Gartner afirma ainda que em 2012 haverá um aumento na quantidade de informação disponível para as organizações. A perda da capacidade de garantir a coerência e a eficácia dos dados vai deixar muitas empresas lutando para evitar perdas de oportunidades ou de usar informações questionável para decisões estratégicas.

A dica deixada pelo Gartner é que as companhias passem a estabelecer uma disciplina significativa de coordenação das atividades distribuídas, além de uma gestão de relacionamento como habilidade fundamental para treinar seu pessoal em conformidade.

Veja agora as principais previsões do Gartner para 2012:

Em 2015, os serviços de baixo custo para nuvem irão canibalizar até 15% da receita de outsourcing
Os serviços industrializados de baixo custo para TI (ILCS) é uma força dos mercados emergentes que irão alterar a percepção comum de preços e valor dos serviços de TI. Nos próximos três a cinco anos, este novo modelo irá redefinir a proposta de valor da TI. Serviços de baixo custo para nuvem farão a canibalização da atual e potencial receita de outsourcing. Semelhante ao que aconteceu com a adoção de serviços offshore, isso irá incumbir os fornecedores a investir e adotar uma nova cloud-based, estratégia de serviços industrializados, direta ou indiretamente, interna ou externamente. O mercado de serviços de TI está no início de uma fase de perturbação.

Em 2013, a bolha do investimento vai estourar para clientes das redes sociais e, em 2014, para as empresas de softwares sociais

Vendedores para redes sociais são concorrentes entre si a uma velocidade e ritmo extraordinariamente agressiva, mesmo no mercado de tecnologia. O resultado é uma grande safra de vendedores com caracteristicas sobrepostas competindo por um público finito. No mercado corporativo, pequenos fabricantes independentes de redes sociais estão se esforçando para atingir a massa crítica num momento em que a consolidação do mercado está começando e, mega vendedores, tais como Microsoft, IBM, Oracle, Google e Vmware fizeram esforços substanciais para penetrar o mercado das empresas de redes sociais. As avaliações de fornecedores independentes de menor porte irão diminuir.

Em 2016, pelo menos 50% dos usuários de email corporativo acessarão, principalmente, clientes instantâneos de browser, tablets ou mobilidade
O aumento da popularidade e o crescimento de dispositivos móveis com o uso do navegador para aplicativos empresariais predominam uma rica misturta de clientes de e-mail e mecanismos de acesso. O ritmo da mudança ao longo dos próximos quatro anos será de tirar o fôlego. Fornecedores de sistemas de e-mail também são susceptíveis de criar clientes móveis para um conjunto diversificado de dispositivos pelo mesmo motivo. Aumentará a pressão sobre os fornecedores para acomodar um portfólio crescente de serviços de colaboração, incluindo mensagens instantâneas, conferência Web, redes sociais e espaços de trabalho compartilhados.

Em 2015, os projetos de desenvolvimento de aplicativos móveis que visam os smartphones e tablets superarão os projetos de PC em uma proporção de 4 para 1
Smartphones e tablets representam mais de 90% do crescimento na adoção de uma nova rede de dispositivo para os próximos quatro anos, e aumentando a capacidade da plataforma de aplicação em todas as classes de telefones móveis está estimulando uma nova fronteira de inovação, particularmente onde as capacidades móveis podem sr integradas com a localização, presença e informação social para melhorar a utilidade.

No final do ano de 2016, mais de 50% das 1000 empresas globais terão armazenados dados sensíveis de clientes na nuvem pública
Com a atual economia global passando por pressão financeira, as organizações são obrigadas a reduzir custos operacionais e agilizar a sua eficiência. Respondendo a este imperativo, estima-se que mais de 20% das organizações já começaram a seletivamente armazenar os dados sensíves de seus clientes em uma arquitetura hibrida, que nada mais é  que uma implantação conjunta de suas soluções com um provedor de nuvem privada ou pública.

Em 2015, 35% dos gastos corporativos de TI para a maioria das organizações serão geridos fora do orçamento do departamento de TI
Empresas da próxima geração digital estão sendo impulsionadas por uma nova onda de gerentes de negócios e trabalhadores individuais, que já não precisam de tecnologia para ser contextualizadas por um departamento de TI. Essas pessoas estão exigindo o controle sobre as despesas necessárias de TI para evoluir a organização dentro dos limites de suas funções e responsabilidades. CIOs irão ver alguns dos seus orçamentos atuais simplesmente realocados para outras áreas do negócio.

Fonte: Originalmente publicado por InformationWeek-BR

Infraestrutura está no centro da estratégia da HP

Na HP, a era Leo Apotheker, que queria focar em serviços e software, está prestes a ficar para trás. Agora sob comando da CEO, Meg Whitman, a companhia busca impulsionar a oferta de infraestrutura baseada em arquitetura convergente. “Somos uma empresa que oferece produtos desde hardware até software e serviços. A HP é completa e esse é nosso diferencial”, afirma Rich Geraffo (foto), vice-presidente sênior e managing director da HP Enterprise Business para a região das Américas.

Segundo o executivo, em 2012 a organização quer reforçar posicionamento como fornecedora de tecnologias que atende necessidades de companhias de ponta a ponta. Ele diz que, no Brasil, há grande oportunidade, especialmente nos setores de Finanças, Saúde e Telecom, que estão demandando infraestrutura. “Eles buscam modernizar servidores, storage, rede e aprimorar a gestão de desempenho porque querem conquistar o estado da arte em TI”, assinala.

Redução de energia e espaço físico fazem parte também da lista de desafios das organizações, pontua, e com a aquisição da 3PAR a HP conseguiu endereçar essas questões. “Estamos eliminando consumo de energia com a estratégia de estrutura convergente. Com 3PAR, clientes puderam reduzir necessidade de storage de 18 terabytes para 2 terabytes”, exemplifica.

Geraffo diz que parcerias têm fortalecido atuação da HP no setor. VMware e Alcatel são alguns exemplos. Recentemente, estabeleceu aliança com a Microsoft para disponibilizar soluções de colaboração, como o Microsoft Office 365 e o HP Enterprise Cloud Services, na nuvem, seja ela privada, pública ou híbrida.

Cloud computing é, segundo Geraffo, foco de investimento da organização. “Nossos clientes estão começando a se sentir mais confortáveis para migrar dados para a nuvem. A HP tem arquitetura adequada e garante segurança para aqueles que querem adotar cloud”, assegura. “Provemos infraestrutura para clientes que vão usar cloud, serviços para quem quer vender soluções na nuvem e podemos oferecer serviços diretamente”, explica Juarez Zortea, vice-presidente Comercial da HP.

Gestão de dados é outra área crítica. Por isso que a HP comprou a Automony, que faz buscas de dados não estruturados como e-mail e vídeos, e da Vertica, especializada em análise de grande volume de informações, o chamado Big Data. “Companhias estão tendo de lidar com montanhas de informações. Queremos ajudá-las a eliminar esse desafio”, aponta Geraffo.

Fonte: Originalmente publicado por COMPUTERWORLD.

2011-11-29

Você já sabe como integrar o iPad à estrutura de TI?

Fonte : Pedro Bicudo, da TGT Consult

O CIO precisa estar preparado para os aficcionados em tecnologia que, certamente, irão aparecer na empresa com um desses “brinquedinhos”

A chegada do iPad ao mercado coloca à prova uma pergunta de cunho prático: como integrar essa novidade à estrutura de TI da empresa? Que esse produto se tornou um sonho de consumo para muitos, isso não há a menor dúvida. Porém, ainda há sérias questões sobre a aplicação prática no negócio.
Numa avaliação fria sobre a relação a ser estabelecida, o iPad está mais para uma TV do que para um microcomputador. Tudo isso porque há uma grave limitação de memória, ausência de entradas USB, não é multitarefa, não roda Flash e precisa de um PC para ligar e configurar o iPad da primeira vez.
Mas é preciso estar preparado para os aficcionados em tecnologia que, certamente, irão aparecer na empresa com um desses “brinquedinhos”. Afinal, já aconteceu com o iPhone, certo? Dessa forma, deve-se avaliar a política de uso desse equipamento nas corporações. 
Aliás, a procura pelo iPad é tamanha que a Apple optou por adiar o lançamento mundial do produto para abastecer o mercado interno dos Estados Unidos. Foram vendidos 500 mil unidades em uma semana! Como das outras vezes, a estratégia da Apple é muito focada no mercado norte-americano e demora uma eternidade para atender o Brasil, portanto, não espere que eles possam te ajudar com o iPad na sua empresa.
Mas, chega de dizer não...
A resposta tradicional do CIO diante da incerteza tem sido dizer não. Proibimos o uso dos telefones celulares particulares para uso corporativo; mas muitos usam. Proibimos o uso do Blackberry e do iPhone; e hoje a maioria das empresas dá suporte precário ao email nesses produtos. Proibimos o acesso às redes sociais, mesmo assim os usuários encontram um jeitinho de acessar. Será que adianta proibir? Será que seremos ignorados? Já é tempo de mudar.
Por que isso ocorre?
1)    A Cauda Longa. Se ainda não entendeu a teoria lançada por Chris Anderson, uma rápida pesquisa no Google vai ajudar. Pense na calça jeans dos anos 70: um modelo para milhões de consumidores; enquanto que hoje existem milhões de modelos para milhões de consumidores. Saímos do mercado de massa de um-para-muitos para um mercado de muitos-para-muitos. Isso começa a ter reflexos na TI: não dá mais para atender a empresa com um sistema para muitos usuários (como o ERP). Você agora precisa ser capaz de fazer uma TI que entregue vários sistemas para os usuários (várias soluções especialistas). O iPad é uma solução de aplicação limitada e específica, não é para todos, mas muitos vão usar.

2)    SaaS. Além de prover vários sistemas aos clientes, eles também vão contratar serviços diretamente na web, sem consentimento do CIO (o usuário vai te avisar, mas não vai pedir sua permissão). Já está acontecendo. Soluções baseadas em SaaS (software como serviço) vão aparecer para serem usadas no iPad, mesmo que o CIO não queira.

3)    Cloud Computing. Você não terá mais um data center. Ele será um serviço na nuvem. Você ainda tem medo disso? Ainda acha que vai ser mais caro? Ainda acha que o risco é alto? Mas já está acontecendo. É só uma questão de tempo para que você use também (ou pensando bem, você usa o YouTube, não usa? Isso é cloud computing também).

4)    Computação será Pessoal. Vários pesquisadores têm publicado suas estimativas de que os usuários vão ser os proprietários dos equipamentos de TI. O celular foi só o começo. Em breve, ao contratar o funcionário você vai avisar: não se esqueça de trazer seu PC no primeiro dia de trabalho. Não acredita? Pois já está acontecendo. O iPad será mais um desses equipamentos comprados pelo usuário com o salário dele, mas que você vai dar suporte. Há vantagens nisso, acredite. Há desafios também. Claro!
Para quem está em TI há mais de dez anos isso tudo parece uma loucura. É mesmo. Mas está acontecendo e precisamos nos adaptar a isso. Como? Você precisa implementar SOA e precisa melhorar suas habilidades para contratar serviços, gerenciar projetos e, principalmente: precisa parar de dizer não! Afinal, a negação da realidade não evita que essas coisas aconteçam.


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2011-11-13

Fuja dos nove círculos do inferno da TI

O inferno da tecnologia não está enterrado nas profundezas da terra – está apenas no fim do corredor. Vamos dar uma volta para conhecê-lo melhor.

Dan Tynan, CIO/EUA
Passe tempo suficiente na indústria de tecnologia, e você eventualmente se encontrará no inferno da TI - um local não muito diferente do submundo descrito por Dante em sua "Divina Comédia".

Nos centros de dados, salas de conferências e cubículos, a versão deste inferno na área de TI não é alegoria. É um teste muito real de sanidade e alma.

Quantos de nós têm sido abandonados no limbo por nossos fornecedores de TI, só para venderem facilidades. Quantas vezes fomos acusados de heresia por argumentar a favor ou contra o uso de código aberto? Certamente muitos de nós foram vítimas de fraude e traição por parte dos fornecedores.

Felizmente, como no universo poético de Dante, há maneiras de escapar dos nove círculos do inferno de TI. Mas tenha cuidado: de uma outra para outra você pode ter que enfrentar seus próprios demônios para fazê-lo.

1° Círculo do Inferno de TI: Limbo

Descrição: Um pântano lamentável onde nada é feito e a mudança é impossível

Pessoas que você encontra lá: Usuários presos por fornecedores, departamentos algemados por bloqueios de software, organizações refém de desenvolvedores.

Há muitas maneiras de cair no Limbo. Quando os problemas surgem e os vendedores começam a apontar o dedo uns para os outros, quando você está preso a um software de baixa qualidade, sem alívio à vista, quando seus programadores o deixam preso, sem nada poder fazer a não ser começar de novo a partir do zero.

Você sabe que está no Limbo quando "os caras software começam a dizer que o problema está no hardware enquanto os caras hardware dizem que o problema está no software", diz Dermot Williams, diretor da Threatscape, uma empresa de segurança de TI com sede em Dublin, na Irlanda . "Passe a eternidade neste círculo e você vai descobrir que, sim, é possível que ninguém seja culpado e todos se sintam culpados, ao mesmo tempo", completa o executivo.

Algo semelhante acontece quando os vendedores de aplicativos culpam o OS, e fornecedores de sistemas operacionais culpam dos desenvolvedores de aplicações, aponta Bill Roth, vice-presidente executivo da empresa de gerenciamento de dados LogLogic. "A Oracle diz que é culpa da Red Hat, enquanto a Red Hat culpa a Oracle", diz ele. "O suporte de TI é ruim de ambos os lados."

Como escapar: "Quando você está cavando um buraco no inferno, a primeira coisa a fazer é parar de cavar e escalar o seu caminho para fora", diz Roth. Isso significa ter certeza que você tem o conhecimento técnico em casa para resolver seus próprios problemas, pode adotar código aberto para evitar os bloqueios de software, e ter tempo para refatorar seu código para que você possa ser mais eficiente da próxima vez.

2° Círculo do Inferno de TI: Luxúria Techie

Descrição: Uma caverna profunda repleta de montanhas de aparelhos descartados, com criaturas lutando para alcançar o topo

Pessoas que você encontra lá: Quase todo mundo, em algum momento.

O círculo da luxúria techie permeia praticamente todas as áreas de uma organização.

Inclui desenvolvedores que abandonam a manutenção das ferramentas em uso para abraçar tecnologias mais recentes, sem parar para entender primeiro essas novas estruturas e metodologias. Gestores que querem aparelhos novos (como o iPhone) e inventam uma razão pela qual eles devem tê-los, independente do impacto sobre as políticas de TI. Executivos que se fixam em conceitos que mal entendem (como a nuvem) e acionam todos os recursos de uma organização por trás do medo de perder concorrência.

"Na realidade, todos nós visitamos o círculo da luxúria, cedo ou tarde", diz Lowe. "O problema com a luxúria techie é o acúmulo de coisas. Você pode ficar atolado para sempre no "nós não podemos terminar este projeto, porque uma nova ferramenta acabou de sair e estamos começando tudo de novo".

Como escapar: é difícil se libertar do círculo da luxúria techie, admite Lowe. "Nós todos amamos coisas novas", diz ele. "Mas você tem que saber o que é bom o suficiente para começar a trabalhar com, e aprender a ser feliz com o que você tem."

3° Círculo do Inferno de TI: Gula dos Stakeholders

Descrição: Um pântano fétido cheio de usuários de negócios insaciáveis que exigem mais e mais recursos, não importa o custo

Pessoas que você encontra lá: Demônios de vendas e marketing, finanças e administração. Este círculo é dolorosamente familiar para qualquer um que já tentou desenvolver um aplicativo de negócios, diz Dermot Threatscape, da Williams.

"Até o fim do projeto, as especificações, orçamentos e cronogramas reais não têm qualquer semelhança com as que você começou estimou, graças aos usuários que continuam acrescentando mais recursos", diz Williams . "Um desenvolvedor que tenha a infelicidade de cair nesse círculo nunca vai realmente alcançar o nirvana de oferecer "todo os recursos ", porque a especificação, em si, nunca estará totalmente finalizado."

Como escapar: há apenas um caminho para fora, e isso implica enfrentar algumas duras realidades, diz Williams. "Para escapar deste círculo é melhor empunhar o espelho mágico da verdade dolorosa", diz ele. "Esta arma poderosa faz os demônios olharem em seus próprios corações escuros e perceberem que, em última análise, são eles que mais têm a perder com a inclusão desenfreada de recursos."

4º Círculo do Inferno de TI: a ganância corporativa

Descrição:Uma fornalha acre onde criaturas se afogam em um rio de ouro derretido

Pessoas que você encontra lá: Os executivos e acionistas. Também: Donald Trump

Este círculo é preenchido com aqueles que colocam o ganho financeiro pessoal à frente das necessidades dos clientes, diz Anthony R. Howard, consultor de tecnologia.

"Quando os arquitetos de TI estão trabalhando em projetos capazes de trazer dezenas de milhões de dólares, o pessoal da torre de marfim quer que a receita entre o mais rápido possível para que possam apresentá-la à turma de Wall Street - e recolher seus bônus", diz ele. "Ao mesmo tempo, os clientes querem tudo, incluindo os produtos que não existem ainda."

Como escapar: A habilidade política, a dedicação ao cliente, o suporte e a gestão são as únicas maneiras de sair desse círculo, diz Howard. "Você tem que descobrir como entregar os resultados que eles querem de alguma outra forma."

5º Círculo do Inferno de TI: Raiva do desenvolvedor

Descrição: Um poço de enxofre, fumaça e fogo onde geeks crescem

Pessoas que você encontra lá: programadores, desenvolvedores, executivos C-level

No mundo do desenvolvimento de software, os prazos são constantes, a pressão é intensa, e refletem nos temperamentos. Os habitantes deste círculo tendem a gritar primeiro e perguntar depois.

Larry Roshfeld, vice-presidente executivo de Sonatype, provedora de soluções de governança open source, diz que sua equipe trabalhou recentemente com uma grande instituição financeira para o desenvolvimento de software personalizado para a divisão comercial do banco. Mas quando a equipe jurídica do banco examinou o código, encontrou centenas de conflitos de direitos autorais que levariam semanas para resolver.

"A equipe da área comercial começou a gritar que precisava da aplicação o mais rápido possível", diz ele. "Outra equipe ficou sabendo disso e também começou a reivindicar a atenção do pessoal de desenvolvimento, preocupada com o fato da demora no desenvolvimento do aplicativo da equipe de vendas prejudicar o desenvolvimento que precisava." A equipe legal, por sua vez, garantia que o uso do aplicativo não seria liberado até que as questões com licenças e direitos autorais fossem resolvidos. "Ouvi palavrões que eu nunca tinha ouvido antes. As pessoas estavam literalmente espumando pela boca enquanto gritavam umas com as outras, em uma verdadeira guerra."

Como escapar: Você pode evitar a maioria dos conflitos mantendo todos informados de cada passo do caminho, diz Roshfeld. "Em nosso exemplo, se a equipe de desenvolvimento tivesse as informações de licenciamento nos estágios iniciais do desenvolvimento, poderia ter tomado decisões mais acertadas, capazes de evitar a crise", diz ele. "Tomar conhecimento de falhas críticas no final do processo de desenvolvimento inevitavelmente conduz ao caminho do quinto círculo."

6º Círculo do Inferno de TI: Heresia Tech-cult

Descrição: Um labirinto insondável, onde todos os caminhos levam ao mesmo destino, iluminado pelos fogos de descrentes queimando na fogueira

Pessoas que você encontra lá:Fanboys da Apple, Google e Microsoft, wikipedistas, defensores do uso doe código aberto, e qualquer outro membro de um culto da área de TI

Onde verdadeiros nerds crentes se reúnem, o resto do mundo é lançado na cova de heresia.

Sistemas aberto versus software proprietário, Apple versus Microsoft - não importa que lado você defenda, haverá sempre uma heresia, do outro lado, diz David O'Berry, engenheiro de sistemas estratégicos da McAfee.

Como escapar: Depende do grau de fanatismo e da crença no poder da "evangelização", diz O'Berry. Você pode evitá-los, mantendo a mente e os olhos bem abertos. "No momento em que você começa a tratar algo como um fanático, você reforça a noção de que o assunto é uma religião", diz ele. "Não é religião, é negócio. O mundo sobrevive com compromisso. Ir longe demais em um sentido ou no outro não fará você resolver os problemas."

7º Círculo do Inferno de TI: a violência do fornecedor

Descrição: Um local sombrio cheio de ogres com cortes de cabelo caríssimos, empunhando carteiras Louis Vuitton

Pessoas que você encontra lá: Advogados

No mundo da TI, a violência contra indivíduos é lamentável, mas felizmente rara. Já a violência entre as empresas é comum - e os danos colaterais muitas vezes muito mais extensos.

"Quando as empresas não podem competir de forma justa, elas ficam predatórias", observa O'Berry. "Acontece quando todos os processos de patentes começam a aparecer.

Como escapar: Saindo do círculo de empresa contra empresa, a violência só pode ser possível através de ação coletiva, diz O'Berry. "Quando você aperta o único ecossistema para a sua vantagem, e não se preocupa com as empresas que você matou ao longo do caminho, eventualmente, as pessoas vão dizer basta", diz O'Berry. "Precisamos equilibrar a nossa natureza capitalista com alguma forma de responsabilidade social."

8º Círculo do Inferno de TI: Práticas fraudulentas e hackers malévolos

Descrição: Um local escorregadio onde demônios espreitam nas sombras e nada é como parece

Pessoas que você encontra lá: Scammers, spammers, hackers black hat e administradores de sistemas desonestos

O oitavo círculo do Inferno de TI é povoado por almas perdidas que abusam de seus privilégios de acesso para roubar dinheiro, dados e propriedade intelectual, ou simplesmente promover danos em resposta a alguma percepção errada.

Como escapar: Você pode evitar cair no círculo de fraude melhorando o monitoramento dos privilégios de acesso. "As pessoas com mais poder - administradores de rede e de sistemas - muitas vezes não são controlados de forma alguma", diz ele. "Você precisa ser capaz de ver o que estão fazendo e controlá-los em um nível granular. Quando as pessoas sabem que estão sendo monitoradas, tendem a manter seus narizes limpos ".

9º Círculo do Inferno de TI: Traição techie

Descrição: Um deserto gelado, cheio de almas perdidas desesperadamente agarrando as facas nas costas

Pessoas que você encontra lá: funcionários descontentes, os rivais de trabalho, qualquer geek rancoroso

Inveja, calúnia, subterfúgios e sabotagem - todos eles são apenas infelizes partes da vida de TI, diz Anthony R. Howard.

Como escapar: A possibilidade de traição aconselha ter um bom gestor do seu lado, diz Howard.

2011-11-01

HP volta atrás e decide continuar produzindo PCs

Meg Whitman anunciou a decisão justificando que as perdas para a empresa poderiam ser de mais de US$ 1 bilhão

Por Silvia Balieiro

Meg Whitman: chegou chegando

A HP anunciou hoje que continuará a produzir computadores pessoais, voltando atrás da decisão de fazer um spinoff de sua divisão de PCs e torná-la uma empresa separada que pudesse depois ser vendida.

Segundo Meg Whitman, a presidente da empresa, uma análise mais detalhada mostrou que a separação da divisão de computadores pessoais não traria nenhum benefício financeiro para a companhia. “A divisão de sistemas pessoais é o core do nosso portfólio, afirmou Whitman.

Segundo Cathie Lesjak, CFO da HP, separar a produção de computadores pessoais traria um custo de US$ 1,5 bilhão. Além disso, a redução no volume total de vendas e a diminuição da exposição da marca nos pontos de venda poderia trazer um custo de aproximadamente US$ 1 bilhão.

Além de evitar prejuízos, manter a divisão trará outras vantagens, como a possível economia na negociação de grandes volumes de componentes. Nas projeções de Lesjak, a HP poderia chegar a um ganho de US$ 1 bilhão.

Recém-contratada, Whitman está mostrando que irá impor suas decisões à frente da empresa e não seguirá os caminhos de Leo Apotheker, seu antecessor. Se as projeções financeiras estiverem certas, está é uma boa notícia para a gigante de tecnologia.

Além dos números, usuários também alertavam que fazer o spinoff da área de PCs não seria um bom negócio. Todd Bradley, diretor da unidade de PCs disse ao jornal Wall Street Journal que clientes do mundo todo “de Nova York a Xangai” eram contrários à decisão.

O mercado financeiro também recebeu bem a notícia. Após o anúncio, as ações da HP tiveram alta de 9,89% na bolsa de valores de Nova York.

2011-10-31

Cinco mitos sobre a carreira em TI

A evolução profissional levou à criação de um comportamento padrão que nem sempre deve ser seguido por quem busca o sucesso.

Dave Willmer *
Ao longo do tempo, os profissionais que atuam na área de tecnologia da informação passaram a conviver com algumas regras extraoficiais e que, com o tempo, viraram um senso comum no setor. Assim, o que se vê hoje é que quem opta pela carreira em TI está sujeito a algumas regras e comportamentos que nem sempre são encontrados em outros departamentos.

A adesão cega a esse comportamento padrão de TI pode ser bastante prejudicial para os profissionais. A seguir, acompanhe sete mitos a respeito da carreira em tecnologia, que precisam ser quebrados pelo bem do setor:

1 – Trabalhar longas horas é sinônimo de sucesso.
Trabalho duro representa um pré-requisito para a maioria das posições de TI, mas isso não é medido em horas no escritório. Uma agenda muito ocupada e extensa pode acabar afetando a produtividade, por conta da exaustão do profissional. Além disso, trabalhar até muito tarde todos os dias pode passar a impressão de que o profissional falha ao gerenciar seu próprio tempo.

Se as horas diárias de trabalho não são suficientes para cumprir com todas as atividades, o profissional precisa conversar com seu supervisor para estudar prioridades de projetos, delegar tarefas ou solicitar mais recursos para a companhia.

2 – Escolher uma especialidade e ser muito bom nela.
O departamento de TI sempre precisará de especialistas em certas tecnologias, mas ser bem-sucedido no cenário atual requer a habilidade de expandir o escopo de atuação de acordo com as necessidades da empresa.

Com isso, o profissional não pode desperdiçar oportunidades de treinamento ou projetos que ajudem a ampliar suas competências. Ao demonstrar o comprometimento com a busca de novas habilidades, o profissional ganha mais chances de crescer na companhia.

3 – Agarrar qualquer nova responsabilidade.
A atitude do profissional que diz saber fazer de tudo não vai ajudar em nada se ele se responsabilizar por algum trabalho que não pode fazer. Quando alguém se voluntaria para projetos que se estão além das suas habilidades podem criar dores de cabeça para todo o departamento.

Em cada caso, o profissional deve ser perguntar se tem o que é necessário para executar o projeto. Em algumas situações, faz mais sentido ter um papel coadjuvante e aproveitar para ganhar aprendizado.

É interessante ponderar também se haverá tempo de devotar tempo às tarefas profissionais que dão mais prazer. Aceitar um papel com mais responsabilidade só pelo salário ou pelo prestígio pode minar a satisfação e acelerar a morte da carreira.

4 – Quanto mais certificações, melhor.
O mercado é altamente competitivo, razão pela qual alguns profissionais são tentados a buscar cada nova certificação que aparece. Mas essas credenciais só têm valor quando associadas a alguma experiência.

A escolha pelos treinamentos e certificações deve estar de acordo com as atividades de trabalho atuais e aquelas vislumbradas no futuro pelo profissional.

5 – Seja discreto.
O profissional de TI padrão tem medo de ser percebido na organização como fofoqueiro ou de ser desagradável ao tentar a socialização. No entanto, gastar um pouco de tempo todos os dias para manter conexões pessoais com pessoas de toda a companhia é essencial para a saúde da carreira.

A reputação do profissional de TI é construída com diversas esferas da organização. Assim, quem atua no setor não deve estar preocupado apenas em agradar o superior, mas deve também manter um bom relacionamento com os profissionais de outras áreas de negócio.

O profissional que ajuda seus pares sempre que possível, sem se desgastar demais, está em vantagem, pois ele tem aliados para os próprios projetos em momento difíceis, de prazos apertados. E o chefe gosta mais de prazos cumpridos do que de reverências.

Além disso, as relações informais tornam o networking (rede de relacionamento) mais forte e pode abrir novas oportunidades de emprego.

Uma definição resume as dicas: a melhor forma de mostrar à empresa que tem valor é proporcionar resultado. O profissional deve focar nos maiores benefícios que pode trazer ao empregador, sem se preocupar se as pessoas estão enxergando o quão duro você trabalho e o que você alcança. A forma mais interessante de manter a evolução na carreira é deixar um rastro de sucesso consistente.

2011-10-28

Relatório mostra competências necessárias a um bom CIO

Fonte : CIO/EUA

Imagem do excelente CIO é a de um líder empresarial com visão estratégica, experiência e capacidade de investir em TI para impulsionar negócios sustentáveis

Excelentes CIOs assemelham-se a ótimos CEOs. Esta foi uma das conclusões de uma análise realizada pela consultoria em recursos humanos Egon Zehnder International (EZI), com base em avaliações de mais de 25 mil executivos do C-level - incluindo CEOs, CFOs, CIOs e COOs. Confira a versão completa do estudo em PDF.

Para realizar o levantamento, os executivos consultados avaliaram as competências de cada uma das posições em uma escala que varia de um a sete, a qual foi traduzida como 'excelente', 'bom' e 'mediana'.

No caso específico dos CIOs, os pontos considerados como 'excelentes' são os mesmos citados para os CEOs, exceto em duas questões que não foram apontadas nos líderes de TI: conhecimento de mercado e foco no cliente.
A imagem que se tem de um excelente CIO é a de um líder empresarial com visão estratégica, alguém com a experiência e a capacidade de investir em tecnologia para impulsionar negócios sustentáveis. Ainda segundo o relatório, o bom líder da área de TI também é capaz de tornar a tecnologia como parte integrante do negócio.
Já na lista dos CIOs medianos aparecem os profissionais que hoje tem uma postura de 'chefes', ou seja, atuam para supervisionar e prestar os serviços de TI.
Perfis diversos

O estudo também indica que existem combinações específicas de competências para cada nível de liderança. Por exemplo, os CIOs mais estratégicos se diferem dos demais pela capacidade de desenvolvimento organizacional, gestão de pessoas e liderança de equipe. Ao mesmo tempo, esses executivos não perdem a experiência prática que foi tão importante para alcançar a performance em suas funções anteriores, mas agora precisam engajar um grupo de pessoas por meio de sua experiência  no lugar de perseguirem metas.

De acordo com a EZI, conforme o líder de TI avança para o ‘C-level’ há uma mudança radical, que vai além da capacidade de liderar equipes, e segue na direção de competências mais estratégicas, como  habilidade para lidar com mudanças, atributos voltados ao negócio e orientação comercial.
Ainda no relatório, a consultoria dá dicas de qual o roteiro para o desenvolvimento profissional do CIO:
Comece cedo:  Embora disparidades entre os níveis não sejam intransponíveis, aprimorar  competências leva tempo. Não há nenhuma razão para adiar a aquisição de conhecimento de mercado, por exemplo, ou de qualquer outra competência de nível executivo (C-level), embora isso possa não se tornar fundamental durante sua trajetória. Começar cedo pode diminuir consideravelmente esse caminho.
Mire alto: Você deve se comparar não apenas ao CIO excelente, mas ao presidente excepcional, que possui o mais alto grau de combinação das competências exigidas de um líder empresarial. Um líder de TI que é capaz de desenvolver as mesmas habilidades/competências que o presidente será um membro mais valioso da equipe sênior de liderança e, potencialmente, irá além do papel tradicional da liderança de TI.
Assuma o controle: A crença dos executivos que buscam profissionais no mercado é que as pessoas devem conscientemente gerenciar suas carreiras e seu desenvolvimento. Você não pode esperar que o seu empregador, necessariamente, saiba qual a trilha correta para sua carreira. Com um roteiro claro do caminho para futuro, pode buscar as oportunidades de desenvolvimento adequadas.


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2011-10-26

CIOs precisam repensar departamentos, diz Gartner

Prevendo “tempos incertos” na economia, instituto aposta em orçamentos enxutos de TI e trabalho conjunto entre CIOs e CMOs.

Por PATRICK THIBODEAU, DO IDG NEWS SERVICE

O instituto de pesquisas Gartner vê uma nova recessão chegando que vai levar a uma redução de orçamentos de TI ao mesmo tempo em que a tecnologia tenderá a migrar cada vez mais para mobilidade, computação colaborativa e social media. A previsão foi feita esta semana, em Orlando (Flórida), durante o evento anual Symposium/ITxpo. Segundo Gene Hall, CEO do Gartner, os dados apontam para tempos incertos, a começar pela economia mundial.

"Uma segunda recessão está por vir”, disse Peter Sondergaard, chefe de pesquisas global do Gartner, mencionando que o impacto sera diretamente sentido pelos orçamentos do ano que vem. Os analistas do instituto cobram dos CIOs que “repensem” seus departamentos e se preparem para um “mundo pós-moderno” no qual imperam a informação, mobilidade e colaboração. Vencedoras serão as empresas que conseguirem, segundo Sondergaard, colocar seus clientes no centro do design e conseguir engajá-los pela simplicidade no relacionamento, turbinado pela proliferação de equipamentos não-PC.
No ano passado, menos de 20 milhões de tablets foram vendidos, mas o Gartner estima que em 2016 mais de 900 milhões de tablets estarão em uso – um para cada oito pessoas em todo o mundo. Em 2015, o Gartner acredita que o desenvolvimento de aplicativos móveis para smartphones e tablets vai superar os aplicativos para PCs da ordem de quatro para um.
Usuários vão exigir um nível alto de interação com as empresas e caberá a elas entregar experiências contextuais que vão incluir saber a localização geográfica do cliente, interesses e preferências de compras, assim como os consumidores, de seu lado, vão entrar nas redes sociais em busca de sugestões e conselhos de outros consumidores.
Tais mudanças terão um impacto direto no orçamento de TI, particulamente no que diz respeito ao uso de redes sociais pelas areas de marketing das empresas. “Seu CMO (diretor de marketing) deverá ter um orçamento de TI maior que o seu”, diz Sondergaard. A “destruição criativa”, segundo Tina Nunno, analista do Gartner, fica por conta dos CIOs encontrarem meios de derrubar barreiras internas na organização e conseguir formatos de “inovar em conjunto. Destruam o perfeccionismo e abraçem o risco calculado”, diz Tina.