Diversas implementações moveram para longe objetivos iniciais e agora disparam para a virtualização completa do data center…
Em encontros recentes, conversei com muitos gerentes de TI que atingiram o objetivo original de virtualizar o data center e agora decidiram ir além – em alguns, casos buscando um ambiente 100% virtualizado. Então, a virtualização é a melhor maneira de gestão computacional – e, depois de começar, é difícil parar. Pode-se dizer, de certo modo, que é viciante.
Kyle Maeda, gerente de TI da PACCAR, vencedora do prêmio de melhor empresa no ranking InformationWeek 500, da edição norte-americana da InformationWeek, afirmou que sua companhia virtualizou 70% do data center com a Renton e não vai medir esforços para chegar a 100% até o fim do ano.
Já o CIO da Pacific Northwest National, Jerry Johnson, contou que a organização não havia estabelecido virtualizar 85% – 90% do data center, mas fez mais do que isso. Quando foi feita a avaliação inicial, foi colocado o sistema de banco de dados e armazenamento de dados fora do limite. Mas operando com SQL em máquinas virtuais VMware, embora o banco de dados Oracle esteja sem virtualização. Jonhson não descarta chegar a um nível de 95% de virtualização, mas não prevê 100%.
Pat Gelsinger, presidente da unidade de informação de produtos e infraestrutura da EMC, disse que a sua empresa virtualizou 70% dos servidores e agora tenta chegar a 100%. “Estamos entrado dentro da parte difícil com aplicações Oracle e SAP, entre outras. Acreditamos que vamos chegar a 100%”, afirmou em entrevista durante o VMworld.
Isso nos fez falar com Bill Hurley, um dos maiores interessados na tendência. Ele é CTO e VP executivo do Westcon Group, com US$ 3,5 bilhões de comutações, redes avançadas e distribuidor de segurança tecnológica. A companhia também faz negócios com as marcas Comstor e Voda One. Hurley citou as dificuldades com a última fase, mas disse que seu data center é 100% virtualizado.
A Westcon possuía dois data centers quando Hurley se uniu à companhia em abril de 2008, um em Tarrytown, Nova York, e outro nos arredores de Londres, com 325 servidores. O executivo sabia que precisaria de apenas um data center e consolidou com um serviço gerenciado na sede de Cincinnati. Depois disso, ele contratou como site de standby, também rodando pela unidade de soluções Cincinnati Bell, mas situado a quilometros de distância.
Toda a virtualização da Westcon usou vSphere, da VMware, e site de gerenciamento de segurança. A estrutura de standby recebeu os mesmos cuidados do data center; o site de gerenciamento de recuperação fazem com que essa estrutura backup prevena a interrupção dos negócios, explicou Hurley.
Com este problema fora do caminho, o VP tem se concentrado em consolidar 325 servidores físicos em dois data centers, sendo 22 servidores em Cincinnati. Os servidores são blades da Cisco, capazes de rodar um grande número de máquinas virtuais. A Westcon está preparada para mover para a primeira virtualização em dois data centers. A migração vem do processo de transferir arquivos complexos sobre cabo, em vez de servidores de envio da Inglaterra e de NovaYork para Ohio.
Hurley disse que a TI da Westcon tem se familiarizado com a virtualização antes mesmo dela chegar. “O time de engenharia estava fazendo isso sozinho, sem comunicar a ninguém.” Antes da virtualização, o antigo servidor podia periodicamente falhar e a equipe de TI era chamada no meio da noite para colocar as aplicações para funcionar novamente.
“Eles odiavam acordar no meio da noite para consertar servidores. Com aplicações virtualizadas, eles podem movê-las caso um servidor tenha problemas. A partir desta tátiva de sobrevivência, puderam dormir um pouco mais”, comentou.
A VMware tem muito a aprender como a Westcon e como a companhia se torna uma vitrine para a tecnologia de virtualização. Na segunda metade de 2009, a meta era virtualizar 60% das aplicações do novo data center. Foi um objetivo fortemente baseado em sistemas x86 em primeiro plano. Não tinha mainframe e um número limitado de sistemas HP Itanium rodando em sistemas HP-UX. Isso rapidamente chegou a 60% de virtualização, teve retorno do investimento – e seguiu com a estratégia.
“Nos vivemos e respiramos com o ERP”, relatou Hurley. A companhia tem 2,5 mil funcionários, em 30 países, com apenas 125 com base na empresa.
A Westcon é usuária de banco de dados Oracle e uma das desvantagens de ser 100% virtualizado é que a Oracle não gosta de apoiar os seus aplicativos ou banco de dados quando estão dentro de outro fornecedor de máquina virtual. “Nos não temos muitos problemas com a Oracle, foram menos de cinco nestes 14 meses que estamos usando o ambiente virtualizado. Mas já tivemos que derrubar o sistema e replicar o problema para fora da máquina virtual”, relatou.
Nos data centers usados anteriormente, o ERP era J.D Edwards, hoje Oracle. A Westcon decidiu mudar as aplicações de J.D Edwards como máquinas virtuais dentro de um novo data center, e então migrar SAP, que certificou que seus aplicativos de forma confiável no hipervisor da VMware. Dado a suscetibilidade do sistema virtual da Oracle, a Westcon decidiu migrar, também, o banco de dados para IBM DB2, assim como fez com a transição para SAP. Os novos sistemas entram em produção em março de 2012, revelou.
“Virtualizamos tudo o que conseguimos antes de mover os aplicativos para um data center consolidado. Alguns dos nossos engenheiros foram capazes de virtualizar uma aplicação no fim de semana e na segunda de manhã nenhum usuário percebeu o que tinha acontecido” lembrou.
Outro problema: “Em alguns casos nós tivemos que mudar o sistema operacional para Linux. As aplicações pareciam se comportar melhor do que no servidor do Windows”, disse. Exemplos incluindo objetos de trabalho e aplicações de WebFocus em inteligência de negócio e banco de dados Oracle rodam no Windows.
Mas o novo ambiente de virtualização requer menos administradores de sistemas para gerenciar, corta gastos com consolidação de data center, reduz custos com eletricidade. Segundo Hurley, conseguir um ambiente 100% virtualizado gerou economia de US$ 1.1 milhão em um período de 2 anos. Ele agora administra 350 servidores virtuais em 22 lâminas UCS.
“Nós não pensamos nesta economia, pensamos em conseguir 100% de virtualização”, relembra. Tinha uma meta de 60% para obter um retorno sobre o investimento, mas, então, alcançamos 70% e 80%. A necessidade de mover os servidores para o data center da Cincinnati era uma grande manobra; era simples mover para máquinas virtuais se comparado aos riscos de interrupção dos negócios e perda de dados com a mudança física. “A preguiça, neste caso, foi o que nos guiou”, satiriza Hurley.
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