por Bob Evans | InformationWeek EUA
23/07/2010
Entre os motivos listados, estão o sucesso do iPad, a adesão crescente aos Macs e a estratégia da SAP para dispositivos da Apple
Se for verdade (e é) que os CIOs frequentemente têm sido criticados por seus impedimentos às novas ideias e inovações, os gestores de tecnologia precisam se esforçar para demonstrar, dia após dia, mês após mês, que estão compromissados para impulsionar crescimento, inovação e alinhamento com clientes.
Ainda, se for verdade que os primeiros 90 dias do iPad no mercado fez com que 50% das empresas top 100 da Fortune começassem a desenvolver ou testar esses dispositivos, os CIOs precisam parar para pensar no equipamento como um gadget de consumo e começar a analisá-lo como uma ferramenta possível para aplicações de negócio que poderá inspirar trabalhadores e ajudá-los a criar valor para o negócio.
E mais, se for verdade (e é) que os CEOs estão em eterna briga com CIOs que não podem tirar o dinheiro que mantém as operações para financiar iniciativas de crescimento, então a TI precisa pensar a respeito de tal questão e entregar melhores plataformas para que os usuários possam ser criativos, inovadores, colaborativos e engajados.
Se for verdade (e é) que o CIO não pode mais apenas ser reativo, então é preciso que esses profissionais ajam ativamente e criem maneiras de entusiasmo para orquestrar questões de segurança e adequação de negócios para seus ambientes tecnológicos, considerando a nova onda dos dispositivos "focados em usuários finais". Vale lembrar que, até hoje, esses esforços eram barrados.
Finalmente, se for verdade que a Apple é a mais "quente" companhia de tecnologia do planeta (e pode ser), então os CIOs precisam deixar de lado suas inibições e não fazer com que os legados prejudiquem o avanço de novas plataformas que começam a vir do mundo de consumo para o ambiente corporativo.
Sem desculpas, sem "mas" e sem mais esconder-se atrás da lista de dispositivos aprovados: se 10 milhões de consumidores entusiasmam-se com os aparelhos fabricados pela Apple, então por que raios esses produtos não seriam bons o suficiente para serem utilizados por grandes empresas?
Sei que isso vai contra todo universo estabelecido dos ortodoxos departamentos de tecnologia. Criamos 10 razões porque o mundo ama e os CIOs poderão alinhar-se rapidamente à tendência e mudar dramaticamente a percepção de valor desses dispositivos para as organizações.
1) O fenômeno iPad: a companhia inicialmente pensou que venderia 1 milhão de tablets nos primeiros nos primeiros três meses. Mas, de fato, a Apple comercializou 3,3 milhões e poderia ter sido mais se não tivesse limitações de produção. O resultado superou os números em prazo de outro hit da companhia, o iPhone.
2) Virou moda em grandes companhias: o diretor de operações da Apple comentou a demanda do tablet e do iPhone junto as companhias listadas na Fortune. De acordo com o a transcrição dos lucros da fabricante no seekingalpha.com: "se você olhar para o iPhone, mais de 80% das empresa Fortune 100 desenvolvem ou testam o iPhone. Vemos também um bom momento junto às Fortune 500, onde mais de 60% tem pilotos com o dispositivo. Os números também são bons junto às instituições de ensino".
3) Boom nas vendas de computadores Mac: alguns camaradas pensam que o iPad pode devorar as vendas dos notebooks ou outros computadores da Apple. Só que ocorre o contrário. No mesmo trimestre que os clientes adquiriram 3,3 milhões de tablets, a fabricante registrou recorde de vendas de Macs. Os produtos são vistos como complementares.
4) A base de fãs da Apple cresce: durante a conferência de divulgação de resultado, o diretor financeiro da empresa, Peter Oppenheimer, teceu o seguinte comentário sobre as vendas de Mac: "metade dos computadores vendidos em nossas lojas durante o mês de junho foram para clientes que nunca tiveram um Mac".
5) Apple está despertando para o mercado corporativo: com a entrada do iPad em grandes corporações ao redor do globo, o Apple iOS também gera um grande impacto no mundo de negócios. Eis o comentário de Oppenheimer: "no trimestre, superamos 100 milhões de vendas de dispositivos com iOS". Isso pressupõe um aprofundamento do suporte às empresas.
6) Criando novos mercados e conquistando seguidores: com mais e mais negócios e transações ocorrendo no mundo online, mais pessoas usam seus iPhones e iPads como motores por trás de suas transações eletrônicas. Pode sua empresa otimizar possibilidades para criar uma melhor experiência possível para que esses milhões de clientes que usam a tecnologia se as empresas banem ou desencorajam ou não suportam esses aparelhos?
7) iPad não é apenas uma moda: "estamos vendendo absolutamente todas unidades que conseguimos produzir", diz o CFO. Isso revela certa consistência na adesão do produto pelo seu apelo junto ao mercado.
8) Virtualização e a nova visão do desktop: máquinas virtuais começam a alterar o segmento de desktops e as estratégias de fabricantes fazem desse tipo de tecnologia uma boa possibilidade para gerenciar dispositivos e entregar acessos aos sistemas de forma otimizada, permitindo uma boa experiência de trabalho. Já existem muitas corporações rodando aplicativos virtualizados que adequaram seus sistemas para o mundo dos tablets e da Apple.
9) A estratégia SAP para iPhone: uma das provedoras de tecnologia que está quase no centro das atividades de TI de muitas corporações, a SAP movimenta sua estratégia para novos produtos, dispositivos e conceitos que ingressam no mundo dos negócios. Isso contempla também iPhone e iPad.
10) Apple não está fazendo mágica: segundo reportagem do Wall Street Journal sobre o desempenho trimestral da Apple: Steve Jobs classificou os resultados recentes de sua companhia como fenomenais e prometeu "novos produtos incríveis" dentro de um futuro próximo.
O velho ditado costumava ser que ninguém jamais foi demitido por comprar IBM. Mas, num futuro muito próximo, alguns CIOs podem começar a ser demitido por não comprar a Apple.
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