2010-10-06

Análise: por que a fusão entre HP e SAP é ainda improvável

Assim como eu, avaliaram que o novo CEO da HP (http://ti-corporativo.blogspot.com/2010/10/hp-se-especializa-em-acoes-bombasticas.html) seria um passo para a vota do projeto “fusão”.

Fonte : IDG

Com a contratação de Léo Apotheker, mercado volta a especular a possibilidade, mas analistas acreditam que união das duas empresas iria contra as estratégias da fornecedora alemã.

A decisão surpreendente da HP de apontar o ex-CEO da SAP, Léo Apotheker, para o cargo de presidente, aumentou as especulações de que a Hewlett Packard estaria interessada em adquirir a gigante alemã de software (SAP) para competir de forma mais efetiva com a Oracle. indo contra analistas que não vêm sentido nos rumores.

A aquisição não seria sem fundamento. O analista emérito da consultoria Gartner, Donald Feinberg, já dizia que faltava software à HP, quando especulou que a companhia poderia realizar uma fusão com a Microsoft. E a SAP possui um amplo portfólio de sistemas de gestão, com uma grande base instalada e boa parte dos seus lucros advindos de receitas anuais de manutenção.

Por outro lado, o movimento iria prejudicar a já estabelecida área de aplicações da HP. De acordo com o analista da companhia da consultoria Forrester, Paul Hamerman, a área de serviços teria de mudar de atitude e ganhar um caráter independente de fornecedores.

O analista da consultoria Altimeter Group, Ray Wang, tem opinião parecida. “Para competir com a Oracle, não é necessário adquirir a SAP, uma vez que todos os concorrentes da companhia de Larry Ellison se reúnem em torno de um ecossistema que já envolve SAP, HP, entre outros players”, afirma.

Se mesmo com esse cenário, a HP ainda desejasse comprar a SAP, o custo seria estratosférico: algo na casa dos 59 bilhões de dólares, estimam os analistas. “Assim, qualquer acordo que viesse a se materializar seria mais uma fusão mais igualitária do que uma aquisição direta”, considera Wang.

Outra movimento que dificulta uma aquisição entre as duas empresas é o fato de que a SAP acaba de adquirir a Sybase "e desenvolveu uma estratégia para a mobilidade que deu à empresa uma direção mais clara”, opina o analista independente Jon Reed, que acrescenta: “Antes disso, poderia fazer mais sentido aceitar uma proposta [de fusão ou aquisição]. Mas agora a companhia está energizada e focada”.

Além de tudo, os atuais co-CEOs da SAP, Jim Hagemann Snabe e Bill McDermott, poderiam demonstrar muita resistência a uma eventual proposta de fusão. O grande dilema nesse caso seria que, na HP, dificilmente os executivos teriam um reconhecimento por seus esforços para reforçar os novos caminhos da companhia de origem alemã.

Quanto a outros potenciais alvos de compra por parte da HP, Wang especula que a companhia poderia estar interessada na Salesforce.com, Software AG e Progress. “São empresas que dariam à companhia a capacidade de desenvolver sozinha serviços baseados em cloud computing (computação em nuvem)”, complementa.

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